A música comunica através do som, mesmo que possa ser representada através da escrita.

Ao longo de milhares de anos, os instrumentos musicais foram concebidos de forma a que o som que produzem, reproduza o mais exatamente possível a intenção do instrumentista, fazendo uso da acústica para se manifestar. A primeira gravação sonora remonta a 1857 onde as ondas sonoras eram captadas mas apenas se podia efectuar um estudo visual da gravação. Em 1877 passa a ser possível também reproduzir o som de uma captação registada, e dá-se início à era acústica, a que se seguiram a eléctrica, a magnética e a digital. Ao longo de todo este percurso, os instrumentos de captação, a sensibilidade dos técnicos e a estética sonora foram evoluindo, a par da música, dos músicos, das salas, dos instrumentos musicais, dos sistemas de reprodução e da exigência do público.

A nossa audição tem um funcionamento mais complexo, além de ser interpretativo, do que os sistemas de captação de som. É por isso necessário não só um alto rigor nas gravações (bem como componentes da máxima qualidade), mas também fazer uso de muita experiência e sensibilidade ao longo de todo o processo de pós produção, que finaliza da masterização das faixas.

O piano é um dos instrumentos mais complexos de gravar e requer portanto cuidados especiais. Na qualidade de afinadores e técnicos de piano, temos o privilégio de passar muitas horas a ouvir pianos, entre muitos modelos, de várias posições de escuta e trabalhando muito atentamente na afinação e harmonização, onde se define a estética de som de cada instrumento.